CANÇÃO DE OUTONO

Numa pequena trilha ou numa gruta deserta

Eu vou passeando pelo meio do nada até que o nada se acabe

Ou até que ele me acabe, até que venham os ventos da descoberta

Ao meu ser sonolento, que espera por um pequeno caminho de escape

Gosto do generoso cair de folhas, até que afofe a terra

Do divino vento frio que desperta do sono

Dos mistérios que aos poucos se revela, descobrindo a Serra

A época fria de doce cinza, chegou o outono

Não se vê mais flores, não se vê mais o chão

Mas não faz mal, porque o vento faz poesias surgirem

Eu gosto de quando sensível é a estação

A ponto das folhas caírem

É época de clima confuso, de árvores nuas, pelas ruas, pequenas poças

Amável é a perturbação das suas ondas pelo cair do sereno

E, como se fosse jovem, como se fosse moça

Uma senhora de cabelos brancos brinca pelo parque com seu neto pequeno

(Obs.: eu sei que estamos na primavera mas eu realmente gosto muito do outono. Eu fiz um poema sobre a primavera, se chama "Quando a Primavera não Vem")

Natalia L A
Enviado por Natalia L A em 01/10/2021
Código do texto: T7354125
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