O POETA AINDA MENINO
O poeta ainda menino, pôs-se a admirar a Lua
Fez cirandas na madrugada, quando foi olhar a rua.
Colheu da noite os sonhos vendo estrelas acordadas
Fez companhia a aurora, caminhou pelas calçadas.
Decidiu ir até à praia, escreveu versos sobre a areia
Juntou conchas, pulou ondas, contemplou a maré cheia.
Sob a luz dos vagalumes ouviu murmúrios do Mar
Tudo em volta era silêncio, o universo a contemplar.
O poeta ainda menino, aprecia o som das matas
O gorgeio dos passarinhos e o desfile das cascatas.
Voltou a caminhar nas ruas, pulando feito criança
Sorveu do Sol a energia, contracenou com a esperança.
Brincou de esconde-esconde com o vento matutino
Viu as águas do riacho acenando a outro menino;
Por alguns momentos parou, viu botões desabrochando
Deitou na relva e dormiu, encontrou a paz, sonhando;
O poeta ainda menino fez um ramalhete de rosas
Compôs canções, cantou hinos, desenhou a vida em prosas.
Descansando sob o arvoredo, respirou do ar o frescor;
Hoje, o poeta homem feito, faz versos de alegria e dor
Sem perder a meninice, tem olhar doce e meiguice,
Esbanjando simpatia, conquistou um grande amor!
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