Silêncio

Silenciar  em teu íntimo

O amor que aflora em teu ser

Cala-te diante da incerteza do tão sonhado sentimento

Que desabrocha  em teu seio  adormecido de sonhos

De ilusão

De paixão

De saudade

De renúncia

De fuga

De solidão

De olhar perdido no entardecer buscando o amanhecer

De esperanças que ficam albergadas

Esperando o momento de ressurgir

Das sombras do ocaso

Entre folhagem encoberta  pela   poeira do tempo

Que se firmam na terra em busca de alguma fantasia

Para brotar novamente a paixão sem ventania

Do silêncio do tempo que se perdeu ao relento

Sem guardar as migalhas exauridas

Fica a te calar

Se conformando  com  silêncio do coração...