SILÊNCIO E LOUCURAS
(Sócrates Di Lima)
Saiba quando ouvires a Lua,
Que no seu silêncio canta louvores,
E quando a imagem é sua,
A alma se enche de amores.
E não bastam as lembranças,
Tampouco a saudade...
Por que em todas as crianças,
Um dia o amor as invade.
E quando mais tarde chega...
O tempo de viver e amar,
Corpo e alma se entrega,
Em um longo e interminável sonhar.
Assim, nunca o silêncio é coisa boa
Ele faz pausar o melhor dos sentimentos,
e quando volta, não é atoa,
Que já fugiram dos pensamentos.
Certo é que o silêncio em longa data,
Faz adormecer a memória do que foi divinal,
E se não fosse as loucuras que a alma desata,
Não haveria saudade de memória tão igual.
Mas, por tudo e sobretudo...
Lembrar ainda é um grande sentimento,
É a saudade que sobrepõe ao absurdo,
De sentir no corpo o seu melhor momento.
Eu adoro as loucuras...
Uma louca mulher faz viver o melhor da vida,
E as memorias do vinte e sete nestas alturas,
Traz de volta o ontem numa viagem adormecida.
E se eu amo as loucuras,
Também amo a mulher que ela faz
também é porque no impossível é coisa banal,
E lá a concorrência é a mais leal,
Que eleva o amor e o prazer nas alturas,
Que um dia sob o meu eterno jazigo, Jaz!