DA JANELA

Hoje,

Vieram as lembranças

Beijaram minha sede

Em notas de saudades

Construí o alicerce

Da janela contemplando

Cultivando os costumes

No rio cantava as roupas

Estirando a felicidade

Em plantações de olhares

Hoje,

Meu mundo se alegrou

Lapidando o linguajar

Em reverência a sinceridade

Entre acertos e erros

Transpondo amor

Contemplando a bonança

Hoje,

A fé foi renovada

Sorriu nas adversidades

Acolhi o pranto

Saciei a ternura

Dei um bradar nas ondas

Busquei nas extremidades

Lancei as melhores sementes

A lua batizou o solo

O jasmim caíram

Enriquecendo a trilha

Hoje,

Tirei o tempo pra viver

Bater no peito e dizer:

Como é bom vê-lo

Plantar e colher

Vivenciar a esperança

Crescer sendo menor

Na pureza abraçar o irmão

Em beleza transbordar

Deixar fluir a alma

Dar ênfase a sabedoria

Secar a lágrima do aflito

Oferecer-lhe o ombro

Estender as mãos

Hoje,

Abri a janela

Gritei aos ventos

Entrelaçando amor

Lancei o melhor sorriso

Venerando a vida

Hoje,

A felicidade bateu

Cantou aos ouvidos

Dedilhou as canções

Num mar de ternura

Rasgando o véu

Hoje,

Acordei!