Cada dia

Na casa do tempo  vou seguindo meu abrigo

Na calada da noite  levanto os olhos pro céu 

Vejo-me nunhuma nuvem que não é de papel 

De repente me deparo com a moringa  

Na espreita do balançar das folhagens tecendo sonhos 

Que inspira o ar na pureza do anoitecer 

Expelido rosas ao vento ao amanhecer 

Na trombeta longínqua do exílio  a fomentar sopros da natureza

Na empatia da beleza 

Tento ficar sem alvoroço 

Alimentando a luz do alvorecer 

Entre canteiros de trovoadas a sacudir os pés 

Levantando a poeira cristalina nas asas da imaginação 

Que vão além do coração

Sem deixar de ser você