SEI QUE NÃO É AMOR, TALVEZ PAIXÃO
(Sócrates Di LIma)


Estou novamente nos teus braços, doce emoção!
Amamento-me neles como se fosse meus alimentos.,
Sinto-me protegido por estar junto do teu coração,
Sinto-me dono dos seus desejos e pensamentos.

Estou novamente protegido,
Daquele amor bandido que eu me encontrava.,
Judiava-me o peito e me fazia perdido,
Sem saber o que fazer para suportar o que se passava.

Chamei-te de desalmada, quando achei que me mandou embora,
Talvez bandida, talvez cruel senhora.,
Fui vil em te falar coisas que eu não diria agora,
Eram palavras ao vento, da boca para fora.

Na verdade, tudo o que eu te disse e valeu dizer,
Foram palavras com sentido que só minha alma diz.,
Foram maiores do que as outras que disse sem querer,
Por isso valeram a pena, não me arrependo do que fiz.

Hoje eu sei que te amo sem nenhuma ressalva,
Custei a acreditar, mas, sei que é verdade.,
Pois os sintomas são de quem tem a alma alva,
E o amor por sorte, como uma santidade.

Amo talvez,  é minha confissão,
Mas, se não me ama, não me importo, eis a questão.,
Quem ama, ama só, mesmo que a outra sem razão,
Não tenha coragem de assumir e viver esta paixão.

Mesmo sabendo que o amor é bilateral,
O amor platônico tem sintonias, é real.,
Ele é por certo, intenso, mesmo que unilateral,
E seu valor é imenso, faz o homem se sentir imortal.

Estou novamente em sonhos, nos teus braços,
E de abraço em abraço mostro que o meu amor é inteiro.,
Entrego-me, arriscando tudo, e tudo que faço,
Faço por paixão, e nesses braços me torno um guerreiro.
(Em 13/09/2008 - Registrado)