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MANHÃ NUBLADA
(Sócrates Di Lima)

E a chuva mais uma vez caiu em pé...
e por força da natureza correu deitada,
E assim, ratifico a minha fé,
E ver que não desci na enxurrada.

Chuva fina e passageira
e ela invisivel ao meu lado sem maldade
sob um guarda chuva vai faceira
só eu a vejo nesta saudade.

Manhã nublada
Um breve desassossego,
Vontade de pegar a estrada,
Para aliviar esse sansato apego.

Olhando o céu carregado,
Olho meu coração tristonho,
Talvez pelo dia, mas não absurdado,
Apenas um momento enfadonho!

Ouço o vento soprar levemente,
como uma brisa que vem ao amanhecer,
Talvez seja a saudade insistente,
Que por vezes insiste em me desobedecer.

Mas, fazer o que!
É o dia que surge no amanhecer,
E esta saudade que vem de você,
Faz-me triste e alegre, mas assim deve ser.

Então tomo um banho frio...
Para arrepiar o corpo ora vazio,
Preenchido apenas pela saudade afio,
Que me deixa aceso, em fogo de pavio.

Quem me deva ter você em meus braços,
Para que eu possa me queimar no seu calor,
Mas agora, apenas recebo os abraços,
|Da saudade que vem, sem dó e sem pudor!
Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 12/02/2021
Código do texto: T7182643
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