Larissa Uchoa se casou...
E a ficha cai
Que realmente filho é do mundo
Nunca dos pais
E os pais quando são presentes
Sentem-se ausentes
Quando os filhos
Partem para se tornarem
Ausentes e,
Seguirem seus passos
Rumo a viverem suas vidas
Conforme escolhas
Que entendem lhes trazer felicidades
O melhor é ouvi-los, orientá-los
E se respeitar as decisões
Fica a retrospectiva do nascimento
Ao dia da escolha e partida
Que tudo passou tão rápido
Que amanhã
Quem já partirão para outras dimensões
São os pais
E assim é a vida
A gente nasce, produz e reproduz
Mas nada para a gente
Tudo para o mundo
Que precisa, também
Caminhar...
Há ciclos para tudo
Para tudo mesmo
Do ser animado aos inanimados
Pois, tudo gira na roda gigante
Da vida
O certo que tudo caminha
Não sabemos para aonde caminhamos
Ou para onde iremos parar
Se é que nalgum lugar vamos parar
Pois, há tantas incógnitas
Nessa vã tentativa que fazemos
De explicar os mistérios da vida
Que às vezes só nos restam viver
De preferência sem apegos
Logo, quem muito se apega
Perde e se perde...
O vazio se instala em reflexões
Se não era para se aproveitar
Os tempos vividos e convividos
Ou sem remorsos talvez...
Resumirmos que fizemos nossa parte
Os pais que criaram e educaram para a vida
Os filhos que ontem eram conosco
Hoje e amanhã
Aprendem a andar
E fazerem sua própria direção
Arranjando seus pares
E se iniciam em suas vidas
Refazendo, quicá às dos pais
Num contínuo caminhar
E fazerem partidas para outros
Que também necessitarão
Virem, viverem e também
Continuamente partirem
Já que a vida
É somente de chegada
E logo de partidas...
Como a partida traz felicidade na escolha
Cabe aos pais, cônscios de suas finalidades
Abençoá-los
E dizerem no caso Larissa Uchoa:
Larissa Uchoa casou-se
E nos trouxe outro filho a cuidarmos
Tao quanto ela fora cuidada
E no final da história
Só restará o escrito que tudo já estava desenhado
Apenas se cumpriu o que nas estrelas
Já estava escrito
E a maestria do reencontro de todos
É sabermos que tudo não se passou, passa e passará
De apenas uma nova cena do teatro de nossas vidas
Que ao final em algum lugar
Só sentaremos para contar
Que tudo não se passou de uma trama
Já firmada nos céus
E que na Terra,
O teatro se instalou com as cenas
Dos episódios em alegrias, embates e desafios
Diante de tudo vivido
Mas com o amor de sempre
Sejamos gratos a Deus pelo reencontro
Que se finda numa benção no presente
E esperarmos as próximas cenas
Dos capítulos da vida
Que ora continua sua jornada
Até se fecharem os ciclos que a cada um cabe
A nossa abençoada caminhada daquilo
Que a Sebastiao e Violeta, foram designados assumirem
E na hora da também partidas
Todos apenas guardarem saudades
De um tempo que não voltará mais
Mas com também as bênçãos
Dele sobre nós
Ficarmos felizes e dizermos
Eternamente, AMÉM em sorrisos
Sem lágrimas de despedidas
Porque o amor que a uniu a todos,
Somente será a resposta
Que nada parte,
Apenas se mudar de lugar
Com a gratidão de um doce amanhã
A todos nos revelar
Que Pessoa foi feliz ao vaticinar
Que tudo vale a pena quando a alma não é pequena
E só é grande e ama de verdade
Quem sabe respeitar as liberdades responsáveis
Daqueles que passam por nós
No presente caminhar...