As Quatro Flores

A Violeta

1462482.jpg

Á jovenzinha modesta,
No viço dos quinze anos,
Aparece fazendo festa,
Um jovem, belo cigano!
Ele estava apaixonado,
Por essa bela Montana,
E disposto a fazer tudo,
Para agradar a serrana!

O jovem enamorado,
Pela morena faceira,
rápido corre ao campo,
e trás-lhe uma Violeta;
E diz todo emocionado:
“o amor é uma flor roxa...
Ao que ela acrescentou:
Nasce no coração do trouxa”!

O jovem sabia qual era
a conclusão dessa prosa,
mas resmungou quando ela,
Risonha, concluiu a trova.
Sorriram da brincadeira,
pois isso é o povo quem diz,
e pra terminar a historia
o final foi bem feliz!

?id=1360456&maxw=120&maxh=120

A Rosa Cor de Rosa. 

1462483.jpg

Encontrar o esposo fora,
Pois a dias não o via,
A comer num restaurante,
Levou-a com alegria.
Estando sentados à mesa,
Os dois ali muito prosas,
Um mendigo então chegou,
E à senhora entregou,
Uma Rosa Cor-de-Rosa!

A senhora educada,
Recebe a rosa e agradece,
Não tem nenhum cartão,
Pra identificar se pudesse.
O esposo muito espantado,
Sem entender tal pachola,
Foi quando o mendigo suplicou
Humildemente uma esmola!

?id=1360456&maxw=120&maxh=120

A Rosa Príncipe Negro. 

1463085.jpg

Como és linda assim dizia
O pobre velho alquebrado,
A senhora fica corada,
Calada, semblante fechado.
Como te chamas, Maria?
Inquire o ancião com paixão,
A bela jovem afirma que sim
Pra sair daquela situação!

O longevo todo tremendo,
Com frêmitos de amor,
Contempla a bela senhora,
Que trás no rosto um rubor,
Mas se mantém muito calma,
O ancião fala com a alma
Já sei, Tu não és só Maria,
Tu és Maria de Fátima!

O velho não se conforma
Tem nos olhos um lâmpejo,
Tu és linda, és graciosa
Ela abaixa os olhos com pejo.
Então ele vai ao jardim,
E colhe a mais bela rosa,
E oferta á bela senhora,
Uma Rosa Príncipe Negro!

?id=1360456&maxw=120&maxh=120

Amor Perfeito

1462490.jpg

Mas o tempo chama o vento,
Que passa levando tudo,
Esfria sentires nos corações,
Despetala as lindas flores,
Refresca o calor do verão,
Derrete o gelo do inverno,
No outono deixa as folhas,
Espalhadas pelo chão!

Do amor fica a saudade,
Dos castelos, das fantasias
Dos beijos quentes roubados,
Dos abraços, das carícias
Do fogo das grandes paixões,
Que já se apagou na pira,
Das brasas, restaram nada,
Ficando somente as cinzas!

São três flores, três amores,
Cada qual com sua paixão,
Do cigano, recebe a violeta,
Do mendigo a bela rosa,
Do velho, um Príncipe negro,
Para o jardim da senhora,
Cada qual teve seu tempo,
Mas o vento as levou embora!

Murcharam então as três flores,
E morreram os três amores,
E aquela jovem senhora,
Muito sofre, muito chora,
É uma dor que não tem jeito.
Das cinzas surge outro amor,
E a senhora ainda em flor,
Oferta-lhe um Amor Perfeito!

?id=1427186&maxw=120&maxh=120


Coincidência ou não, todos esses fatos são veridicos
São coisas que vi e vivi !
OPs: Quero deixar bem claro aqui que Quando aconteceram essas coisas que coloquei em poesia,  essa Senhora era jovem ainda, eu a chamo de jovem senhora, porque na poesia violeta ela tinha 15 anos, era adolescente, nas poesias das outras flores, ela era casada, por isso a chamo de Jovem senhora, mas estava na faixa dos 20 e no maximo 30 anos.  A ultima  flor, ela ja tinha trinta e poucos anos.  Portanto não era uma senhora velha,  não era uma senhorinha, tá?
Considero uma mulher de 30 a 40 anos, Jovem.

 
Ahavah
Enviado por Ahavah em 09/01/2021
Reeditado em 30/01/2021
Código do texto: T7155557
Classificação de conteúdo: seguro