Tempo

Tempo  

Tempo que passa faz uma ancoragem 

Me calça 

Me veste

Me despir 

Faz uma  zoeira  

Sem da trela aos sentidos 

Aguça os ouvidos 

Ao som da alma

Que fala verdadeira 

Sem se conter da lágrima 

Se veste de calma

A exalar o cheiro de jasmim 

Do campo florido

Da noite sem fim

Me despeço por inteiro

Por trás de um sorriso 

Sem escorrer a lágrima 

Que ficou contida no berço do coração