CAROL
CAROL
Ela é Carol, a da Matriz.
Beata da Igreja, de segunda
a sexta-feira,
No sábado ela está lá,
No Domingo também.
Não tem tempo pra mais nada,
E não atende ninguém.
Formada em Filosofia,Deus que
Agonia!
Agora inventou de clinicar!
Fez serviço social, diz que pra
Lutar por direitos dos menos iguais.
Mas se não lhe dão os meios,
Não tem como trabalhar
Coitada dessa Doutora,
Melhor fosse Ela professora.
Difícil ela entender, que entre
A teoria e prática o povo
É quem vai sofrer,
Se não tem políticas públicas,
Como vamos resolver?
Não tem tempo pra dormir,
E nem pra cuidar dos animais,
Diz que gosta da natureza,
Do silêncio e da solidão,
Mas o que ela não fala mesmo
É sobre a alma, o coração.
Escreve poemas, versos e can
ções,
Coisas cheias de sentimentos
E emoções,
Mantém uma Página de Letras,
Botando no papel aquilo que
No coração e na alma, ela não
Quer revelar.
Carol, trás teu Cordel Encantado
Sai desse mundo assombrado,
Vem comigo navegar,
Vem conhecer novos mares,
Vem pra terra dos amores,
Te dou carícias e flores, nunca
Vou deixar de te amar.