O rio

O rio

O rio da minha vida?

Corre nas minhas entranhas.

É sangue, é alma. É ternura.

São lágrimas vertidas.

Que ele já levou

E que o oceano da minha vida já guardou.

Prantos que incessantemente,

Se foram arrastando na corrente.

Das minhas magoas.

Das minhas saudades.

Das minhas incertezas.

Das minhas verdades.

Nas inquietações das ilusões.

E foi nesse rio frio. Que afoguei

todas as minhas hesitações.

As congelei, as guardei.

Em sitio que juro. Não sei onde as arrumei.

Desapareceram, sucumbiram.

Medos e murmúrios lúgubres.

Sonhos paixões,

que, não foram mais que ilusões.

Hoje nas margens do meu rio.

Estou sentada a contemplar.

Meditando, não deixo de sonhar.

E esse meu olhar atento.

Às vezes, com um brilhozinho.

Que teimosamente tremeluz

Um cisco arrastado.

Que o vento volteando

brincando vem magoar.

É um sentimento. Que sempre flutua

Esse não tem cura.

É amoroso, e atiro-lhe beijos.

Que dentro de mim saem.

E caem nesse rio.

Que já foi excitante

E que hoje, corre de mansinho.

E deixo, que ele siga o seu destino.

Desta vez o rio, corre sereno no meu olhar.

De t,ta

Tetita ou Té
Enviado por Tetita ou Té em 24/10/2007
Código do texto: T707942
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