O rio
O rio
O rio da minha vida?
Corre nas minhas entranhas.
É sangue, é alma. É ternura.
São lágrimas vertidas.
Que ele já levou
E que o oceano da minha vida já guardou.
Prantos que incessantemente,
Se foram arrastando na corrente.
Das minhas magoas.
Das minhas saudades.
Das minhas incertezas.
Das minhas verdades.
Nas inquietações das ilusões.
E foi nesse rio frio. Que afoguei
todas as minhas hesitações.
As congelei, as guardei.
Em sitio que juro. Não sei onde as arrumei.
Desapareceram, sucumbiram.
Medos e murmúrios lúgubres.
Sonhos paixões,
que, não foram mais que ilusões.
Hoje nas margens do meu rio.
Estou sentada a contemplar.
Meditando, não deixo de sonhar.
E esse meu olhar atento.
Às vezes, com um brilhozinho.
Que teimosamente tremeluz
Um cisco arrastado.
Que o vento volteando
brincando vem magoar.
É um sentimento. Que sempre flutua
Esse não tem cura.
É amoroso, e atiro-lhe beijos.
Que dentro de mim saem.
E caem nesse rio.
Que já foi excitante
E que hoje, corre de mansinho.
E deixo, que ele siga o seu destino.
Desta vez o rio, corre sereno no meu olhar.
De t,ta