O DESPERTAR DOS SENTIDOS

O DESPERTAR DOS SENTIDOS

Neuza Maria Spínola – 09/2007

E... a tarde baixa mansa sobre nós,

Entre ardentes abraços, em carinhos

Que fazem-nos sentir um súbito tremor,

Ao despertarmos os sentidos para o amor.

São beijos sobre beijos, tão profundos,

Sensações que nos levam a outro mundo,

Soluços e complementos de um só desejo,

A cada emoção, mais forte o aconchego.

Doces carícias de arrepios que sobem,

Como se nas mãos estivesse algum brinquedo,

Lentos carinhos que ao tocar dos nossos dedos,

Nos fazem procurar por mais um beijo.

Tudo que há em nós, agora é vida,

É olhar, paladar, e o fogo deste momento,

Não é só sonho, nem é só pensamento,

É tudo que há de bom; insensato consentimento.

Somos vinho que aquece e que tonteia,

Somos taça que embriaga e o corpo anseia,

Teu coração que bate forte ao meu peito,

Marca o ritmo de tudo o que vai ser feito.

Foi neste desejo, pouco a pouco, quase louco,

Que sentimos como se o sol nos penetrasse,

Em nossa carne, nos exaltasse os sentidos

Que jamais se imaginaram esquecidos.

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