Mar
Aquele vento
Aquele lugar
Meu acalento
Meu mar
Nosso primeiro encontro
Foi em um domingo
Os dois pareciam meio tontos
Eu mal sentia seus respingos
Não queria mais vê-lo
Pensar em outro encontro
Me causava desespero
No entanto, algo que incomodava
Ficava pensando que talvez fossem
As circunstâncias doutro dia
Que todo esse mal estar causara
Merecia ele uma segunda chance
Sentia necessidade dele
Mas para esse reencontro
Precisa mudar a perspectiva
Então decidi que aquele seria diferente
Eu precisava dele
Algo me inspirava nele
E dessa vez fui sorridente
Cheguei ansiosa
Como sempre minuciosa
ele porem, logo me desarmou
com delicadeza em meu rosto tocou
soprava um vento delicioso
parecia que há muito me esperava
queria desfazer a impressão que causará
me convidava para entrar num gesto ansioso
molhou meus pés
molhou-me por inteira
me deliciei
e constatei
água salgada
realmente lava a alma.