Sou-te
(Sócrates Di Lima)
(Primeiro preciso saber por onde andará o meu amor)
Sou-te apenas nuvem,
Em teu olhar perdido,
Quiçá uma vertigem,
Em um firmamento amanhecido.
Sou-te talvez esperança,
De um olhar distante,
Um sorriso terno de criança,
A loucura de um amante.
És meu encanto,
Em amanhecer primaveril...
Doce canto,
Do rouxinol no seu cantar viril.
Sou-te versos...
Poemas e trovas,
Sonetos em reversos,
Sem a necessidade de provas.
É para mim um universo,
Que sequer conheço,
Nele não fui imerso,
mas, dele padeço.
Sou-te uma luz estelar,
Que reluz num coração solitário,
Querendo iluminar teu olhar,
Nos degraus do teu calvário.
És para mim primavera,
Senhora mulher dos meus desejos,
Que na imaginação, quem dera,
Ser merecedor dos seus beijos.
Na verdade, Não sei quem és...
Nada sei de ti,
Mas pelos caminhos que ficam meus pés,
Os teus hão de fincar, aqui.
Sou-te então poesia...
És para mim um poema em chamas...
Que se declama no limiar do dia,
E nas noites solitárias me chamas.
E se no meu canto, vieres...
Ainda, seremos o alfa e o ômega, o principio e o fim
Se minha vontade em tu tiveres,
Estarei livre para te querer se tu estiveres em mim.
E se nunca fomos, ainda, seremos, versos de amor...
Que tu cantares em versos e prosas, e Eu adoro,
Como o beija-flor é necessário para a flor,
SE não vieres, chama-me e Eu não demoro,
buscarei tua alma sem nenhum pudor,
E com o meu amor, o teu querer, DEVORO!
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