AMOR EM TEMPOS GUERRA
(Sócrates Di Lima)
Em tempo de manifestações,
intolerâncias,
Mascarados nas ruas,
Badernas e violências,
Assolam o mundo nas vontades nuas.
Descontentamentos irracionais,
Misturados com o racional,
Talvez proposital,
Para desestabilizar os ideais.
No mundo terremotos,
Furacões em todos os níveis,
Náufragos e tantos mortos,
no mar e nos espaços,
Nas quedas das asas de aços,
letais....
E tantas vitimas fatais.
O mundo está o caos,
Resultado das ações do próprio homem,
A natureza responde impiedosa,
Pela voz que grita gananciosa...
Os corações morrem todos os dias,
E as pessoas em mortalhas,
Na sua própria solidão,
Se rasgam em navalhas,
Nos efeitos da depressão...
E assim é a vida hoje em dia,
Onde o amor está sendo esquecido,
Mas, nos corações que se acasalam,
vontades, ainda, falam...
Nos acasos da vida,
Por Deus são permitidos,
A renovar o amor,
Para suprimir os efeitos da dor.
Dos que partem,
Sem ao menos ter tempo,
Para se despedir.
Dispo então das minhas fraquezas,
Afogo em minhas lagoas,
açudes de chuva
de rios,
em aguas limpas ou turvas,
nos mares...
Das chuvas dos meus olhares...
as minhas mágoas,
lágrimas que rolam face a fora.
Deixo a chuva lavar minha alma,
E levar pra longe minhas tristezas.
Deixo o amor chegar,
Não importa, quando, onde e nem porque,
Na verdade eu quero viver,
Com você,
nesta terra,
Antes que minha pálpebra cerra,
Nas chuvas de paz e amor, em tempos de guerra
Virais!