ESFINGE

(Sócrates Di Lima)

Como uma ave que plaina em aberto céu,

Olhando a vida além horizonte,

Cubro-me em transparente véu,

Silhueta de um sonho por sobre o monte.

Abro minhas asas na minha imaginação,

sobrevoo meus desejos em você,

deslizo sobre as nuvens em sublimação,

E enxergo suas querências no que minh´alma vê.

Olho a planície que se perde

Nas vastidão do meu olhar,

Vejo Flores coloridas em selva verde,

Numa beleza santa bem longe do mar.

E assim, como um falcão que voa ao léu

em busca de sua amada companheira,

Estendo minhas asas e abraço o céu,

Como se assim abraçava você, a vida inteira.

Mas, entre os montes e o horizonte perdido,

Diante dos meus olhos de lince,

Vejo um mundo fascinante e prometido,

Mas não a vejo como minha bela esfinge.

Contudo, o que me importa nesta miragem,

É o quando sinto e desejo tê-la,

Crio na mente a sua bela imagem,

E faço dela o semblante terno da minha estrela.

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Esfinge é uma imagem icônica de um leão estendido com a cabeça de um falcão ou de uma pessoa, presente tanto na mitologia grega, quanto na arquitetura egípcia.