MANHÃ
(Sócrates Di Lima)
Ouço um pássaro cantando ali fora,
nas ramas de uma parreira de uva,
outro na goiabeira agora,
cantarolando o dia de sol sem chuva.
Uma manhã de sexta-feira,
sentindo no rosto a leveza da brisa,
Há um dia longo mesmo que eu não queira,
Mas lembrar de você, me realiza.
Manhã de tênue Sol,
Depois de um café preto, quente e forte,
Olhando o azul da piscina e um girassol,
Parece que terei um dia de sorte.
Sei que há tristezas lá fora,
Medo, angustia de dor,
O COVID19, não vai embora,
Nos prende em casa nesse dissabor.
Mas o que fazer...
Se está acontecendo isto,
É resulta de afronta a Deus e seu poder,
Nos carnavais nunca dantes visto.
Blasfêmia de " Casa dos fundos"
Orgias de gênero no meio da avenida,
Parece chegar o fim dos mundos,
É o Apocalipse Bíblico profecia esclarecida.
E assim segue a minha manhã,
hoje serena, azul e perfeita,
Sinto na brisa o cheiro da maçã,
O coração a saudade não rejeita.
E no silêncio desta manhã de sexta,
O poeta se verga na lembrança dela,
Numa paz serena esta saudade se completa,
Com Um sorriso nos lábios, por pertencer a ela.