DESEJO VOCÊ MULHER

(Sócrates Di Lima)

Desejo você mulher,

não por que quero simplesmente,

Mas por que desejo

e o meu desejo é maior

Do que o meu querer.

E seu eu desejo

é porque minha alma pede,

Meu coração tremula na vontade de ter.

Em sintonia o meu corpo implora.,

E o desejo, sem demora,

Toma conta do meu ser.

Desejo voce intensamente,

Sem que me diga que apenas tem um gostar.,

Desejo me entregar de corpo e alma.,

Sem que preciso pedir licença para desejar.

Desejo olhar nos olhos da mulher que quero,

E sem pedir nada,

Ela possa entender o meu olhar.

Quero derramar o fogo das minhas vísceras,

E loucamente possuir o meu bem querer,

Sem que tenha que me ajoelhar para fazê-la entender.

Eu quando desejo, este desejo para valer.,

E jamais desejaria a toa.,

Por que, de boa,

Sei desejar.

Não quero ficar dando explicações,

Nem pedir que me justifique nada,

Quero desejar na confiança plena do desejo,

Sem a loucura de queixumes sem fundamentos,

Que conheça o meu talento,

Para saber o que é certo e até onde Pode ir minha liberdade.

Quero desejar sem culpas,

Nem quero pedir desculpas,

Quero alcançar o ponto alucinante dos meus desejos,

Começando pelos beijos,

E terminando na mais plena satisfação do prazer.

Posso até quer ser objeto,

fazer desse desejo meu novo projeto,

Mesmo uma objetividade.

Quero depois sentir saudade,

Do desejo que ficar ausente,

Sei que o sofrer faz parte do amor,

por isto não quero amar

por conta da solidão da mais remota dor.

Quero que meu desejo jamais seja questionado,

nem seja banalizado,

Ou interpretado como um prazer qualquer,

Como quem quando quiser,

Vai embora sem voltar.

Seja qual for a dor que ao depois eu sentir,

Quando o bem desejado tiver que partir,

Não me derramarei em lágrimas,

Nem tão pouco de raiva ou de misericórdia,

Quero apenas administrar meus sentimentos,

E a qualquer momento,

lembrar da mulher desejada sem sofrer.

Não quero me torturar na dúvida do amor,

Nem ter ciúmes pela insegurança da certeza,

Pois, quem ama não duvida,

Quem ama não tripudia,

Nem faz do amor uma anarquia.

E para que isentar disto,

Quero que o meu desejo seja limítrofe,

Da emoção que a todo o momento me invade,

Faz-me desejar latente, sentir de verdade,

Que sou desejado de maneira condicional,

Ma sem mesquinhez de pensamentos,

Sem misturas de sentimentos,

Sem ser indiferente a qualquer contratempo

Quero desejar simplesmente,

na certeza de ser desejado,

Sem o medo de ser inconsequente,

Mesmo sabendo que a insegurança do amor,

Invadiria de qualquer desejo.

Desejo simplesmente , sem ter que pedir,

Sem ter que implorar a sua atenção,

Sem ter que andar na contramão,

Sem ter que sofrer na dor de uma solidão.

Mas simplesmente desejar agora e depois,

e lhe fazer gemer e gritar,

na consumação do prazer de nós dois.