SILENCIO DA TARDE
(Sócrates Di Lima)
No silêncio da tarde,
que o vento sopra,
abro o meu coração numa saudade,
E deixo que o desejo minha solidão supra.
Olho ali a tarde se dissipando,
e com ela vai um pouco da minha tristeza,
ouço uma ave bater asas e sair voando,
Como esta ansiedade e minha incerteza.
Olho lá fora o céu escurecendo,
E aqui dentro meu peito silencia,
Como uma luz que lentamente vai se apagando,
E se acende nos versos da minha poesia.
ah! Minha mulher menina...
Sua voz ainda ecoa na minha imaginação,
Como se um sussurro de amor que me alcalina,
reanimando minh´alma na busca da sua atenção.
Então ergue-se o ânimo de tê-la
Aqui no meu corpo esfregando...
Mas longe, se faz uma estrela,
que abraça meu corpo, e lhe faz chegando.