SILÊNCIO
(Socrates Di Lima)
No silêncio da sua voz,
No medo de se abrir,
Não serve para nenhum de nós,
Se quisermos em nós existir.
O silêncio da sua voz
se fez rouco e impuros,
é como esta doença atroz,
Chamada de Coronavírus.
O medo de prendeu em casa,
E o seu medo também...
O seu, tem lhe cortado as asas,
O meu, impotente, fico sozinho meu bem!
Precisamos fugir daqui...
Encontrar-nos em algum lugar,
Deixar a loucura nos extorquir,
render-nos no desejo de amar.
Quero você de corpo e a alma atrevida,
latente, no fogo insano do prazer,
e se não gostar de Eu penetrar sua vida,
Saio dela, passo a me recolher.
Pois ficar aqui sozinho...
Nesta solidão de você distante,
Longe do seu desejo e carinho,
Perco a minha condição de amante.
E isto não interessa a nós dois...
Mas, sei me conter e esperar você chamar,
Meu bem, não deixe o nós para depois,
Talvez, amanhã, nenhum de nós por aqui vai estar.
O seu silêncio é profundo...
Está acabando comigo...
Você fez o meu maior desejo voltar ao mundo,
Não o deixe morrer agora, por castigo!