SILÊNCIO

(Socrates Di Lima)

No silêncio da sua voz,

No medo de se abrir,

Não serve para nenhum de nós,

Se quisermos em nós existir.

O silêncio da sua voz

se fez rouco e impuros,

é como esta doença atroz,

Chamada de Coronavírus.

O medo de prendeu em casa,

E o seu medo também...

O seu, tem lhe cortado as asas,

O meu, impotente, fico sozinho meu bem!

Precisamos fugir daqui...

Encontrar-nos em algum lugar,

Deixar a loucura nos extorquir,

render-nos no desejo de amar.

Quero você de corpo e a alma atrevida,

latente, no fogo insano do prazer,

e se não gostar de Eu penetrar sua vida,

Saio dela, passo a me recolher.

Pois ficar aqui sozinho...

Nesta solidão de você distante,

Longe do seu desejo e carinho,

Perco a minha condição de amante.

E isto não interessa a nós dois...

Mas, sei me conter e esperar você chamar,

Meu bem, não deixe o nós para depois,

Talvez, amanhã, nenhum de nós por aqui vai estar.

O seu silêncio é profundo...

Está acabando comigo...

Você fez o meu maior desejo voltar ao mundo,

Não o deixe morrer agora, por castigo!

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 22/03/2020
Código do texto: T6893979
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