O circo da alegria
Ora veja quem chegou
Trazendo grande novidade
É o circo da alegria
Arrastando a cidade.
A lona que dança e balança
Ao longe, feliz, no céu desponta
Enche o mundo de magia
E faz da vida um faz de conta.
O garboso trapezista
Hipnotiza a plateia encantada
Salta de um lado para o outro
E deixa a moça enamorada.
A bailarina com graça
Rodopia numa corda de véus
Pezinhos que tocam o chão
Braços que abraçam o céu.
A malabarista pipoca
Rola desengonçada e sapeca.
E foi num salto desastrado
Que perdeu a perereca.
O moleque do algodão doce
Enche meus olhos e judia de meu coração.
Cartuchos e amendoins torrados
E eu infeliz sem nenhum tostão.
Abram alas minha gente
Que o palhaço chegou
Piadas e piruetas no picadeiro
E do menino triste
Um sorriso roubou.
Circo meu amado refúgio
Não vá se embora por favor.
Minha vida sem você é triste
É desbotada e sem amor.
Dedico este poema aos meus alunos da Creche Dona Léa em Carmópolis de Minas e a todos os apaixonados pela eterna magia do circo.