QUANDO O POETA CANTA
Canto imitando passarinhos,
Canto amores, canto ninhos.
Voos como fossem de gaivotas,
Passos,caso dê, de seriemas.
Não me preocupo com as notas,
Canto apenas os meus poemas.
Às vezes tomo-me de pelos e apelos,
Rouco mamiferar de meu sentir...
Talvez seriam os teus cabelos,
Ou o zênite, quiçá o nadir...
Certo que nado aos ventos
Como se nada além de ares.
Visto todos meus paramentos
Só para estar sob os teus olhares.