QUANDO O POETA CANTA

Canto imitando passarinhos,

Canto amores, canto ninhos.

Voos como fossem de gaivotas,

Passos,caso dê, de seriemas.

Não me preocupo com as notas,

Canto apenas os meus poemas.

Às vezes tomo-me de pelos e apelos,

Rouco mamiferar de meu sentir...

Talvez seriam os teus cabelos,

Ou o zênite, quiçá o nadir...

Certo que nado aos ventos

Como se nada além de ares.

Visto todos meus paramentos

Só para estar sob os teus olhares.

Camilo Jose de Lima Cabral
Enviado por Camilo Jose de Lima Cabral em 06/03/2020
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