Da relação
A gente encontra se relaciona e apaixona
e na maré do mar da empolgação achamos
tudo bonito, somos capaz até mesmo
de chamar de charme.
Então zarpamos de peito alegre e aberto
de vento em popa, mas então o vento
resolve tirar uma folga, e nota-se
antes disso ele levou a empolgação
pra longe, deixando ao léu e a vela.
Sob a maré o barco continuar a dançar
e o que antes encantava, e tolo chamei
de charme são defeitos, e causa enjôo,
resta me o marasmo/rotina.
Chegamos a pensar em abandonar o barco
então engendramos várias mudanças, mas
depois entendemos que iremos cansar
de lutar em vão, a fim mudar o outro.
Até que se lembre que aquilo é somente
o percurso para se chegar, e se o vento
não vem, reme, ame.
Tudo é fase, e que às vezes por uma breve
insuficiência de vento, esquecermos daquilo
que temos e o que somos ao lado da pessoa
por um breve momento de enjôo.
Faça do amor doses cavaladas de Dramin
e sigamos remando/amando.
C.A.Martins