COMO É BOM SER BOM
José Martins Fontes

 
 

Tu, que vês tudo pelo coração,
Que perdoas e esqueces facilmente,
E és, para todos, sempre complacente,
Bendito sejas, venturoso irmão,
Possuis a graça como inspiração,
Amas, divides, dás, vives contente.
E a bondade que espalhas, não se sente.
Tão natural é a tua compaixão.
Como o pássaro tem maviosidade,
Tua voz, a cantar, no mesmo tom,
Alivia, consola e persuade.
E assim, tal qual a flor contém o dom,
De concentrar no aroma a suavidade,
Da mesma forma, tu nasceste bom"
Como é Bom Ser Bom!
 
 
 
"José Martins Fontes, o maior poeta santista da história

Posted on 13 de junho de 2016 by admin 

 José Martins Fontes nasceu às 17h30 do dia 23 de junho de 1884, véspera de São João, no solar de número 139 que sua família mantinha na aprazível Quadra Mauá, lugar que mais tarde receberia o nome de Praça José Bonifácio, na esquina com a Rua Braz Cubas. Era filho do renomado médico, Dr. Silvério Fontes, que foi inspetor de saúde pública do Porto de Santos e um dos mais assíduos colaboradores da Santa Casa de Misericórdia; e de Isabel Martins Fontes, mãe zelosa que ficou ao seu lado até o último suspiro.
Nasceu às 17h30 do dia 23 de junho de 1884, véspera de São João, no solar de número 139 que sua família mantinha na aprazível Quadra Mauá, lugar que mais tarde receberia o nome de Praça José Bonifácio, na esquina com a Rua Braz Cubas. Era filho do renomado médico, Dr. Silvério Fontes, que foi inspetor de saúde pública do Porto de Santos e um dos mais assíduos colaboradores da Santa Casa de Misericórdia; e de Isabel Martins Fontes, mãe zelosa que ficou ao seu lado até o último suspiro.



Nasceu às 17h30 do dia 23 de junho de 1884, véspera de São João, no solar de número 139 que sua família mantinha na aprazível Quadra Mauá, lugar que mais tarde receberia o nome de Praça José Bonifácio, na esquina com a Rua Braz Cubas. Era filho do renomado médico, Dr. Silvério Fontes, que foi inspetor de saúde pública do Porto de Santos e um dos mais assíduos colaboradores da Santa Casa de Misericórdia; e de Isabel Martins Fontes, mãe zelosa que ficou ao seu lado até o último suspiro.
Zezinho, como todos se acostumaram a chamar-lhe ao longo da vida, logo cedo revelou seus dotes para as letras, publicando aos oito anos de idade o primeiro poema, em um jornal manuscrito chamado “A Metralha”. Antes disso, com pouco menos de quatro anos de idade, foi visto declamando, do peitoril da janela de sua casa, um belo discurso, escrito pelo pai, alusivo à Abolição da Escravatura. Entre os espectadores, estava um dos maiores abolicionistas do Brasil, Silva Jardim, colega de Dr. Silvério.
Martins Fontes passou o início da vida escolar pelas mãos de grandes mestres, como Dona Leopoldina Tomaz Coelho e Tarquínio Silva, emérito conhecedor da língua e insigne pedagogo. Após uma experiência não muito feliz em um colégio interno em Jacareí, Zezinho retornou a Santos a fim de terminar seus estudos; e era cobrado duramente pelo pai, que não costumava perdoar suas falhas nas aulas de Latim. Quando o filho se embaraçava, a bronca era sempre a mesma: “O resultado disso é a poesia! Poesia é sobremesa, menino! Você precisa é de carne e pão!”. Mesmo com o pito, Martins Fontes preferia a poesia.
Passado os estudos da juventude, Zezinho saiu de Santos e foi para o Rio de Janeiro cursar Medicina, como desejava o pai. Na então capital do Brasil, Martins Fontes conheceu seu maior ídolo, Olavo Bilac, com quem logo tratou de se grudar. No grupo do renomado poeta carioca, o santista não era chamado de Fontes, mas de “Cachoeira”, alusão feita por conta do volume de ideias e belos textos que o rapaz com pouco mais de 16 anos já desenvolvia. Na Faculdade, Zezinho logo se destacou e foi chamado para trabalhar em diversos setores, inclusive ao lado de Oswaldo Cruz, na profilaxia suburbana. Formou-se em 1908, logo voltando para sua terra natal, para clinicar."
 

Texto compartilhado do site www.memoriasantista.com.br

 
JOSÉ MARTINS FONTES
Enviado por Nair Lúcia de Britto em 23/12/2019
Reeditado em 23/12/2019
Código do texto: T6825367
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