VOCÊ
(Sócrates Di Lima)
Você diz ´para não lhe esquecer,
que você para sempre me amará,
O que devo Eu fazer!
Se você comigo, nunca estará.
Talvez eu esteja enganado,
com este pensamento,
Quem sabe, realmente esteja errado,
E seja real este acontecimento.
Digo-lhe, você foi meu acaso da vida,
Naquele momento inesperado,
Amor a primeira vista, paixâo atrevida,
Que se fez presente, num olhar compartilhado.
Naquele momento,
Os olhares não tiveram fronteiras,
nem qualquer impedimento,
sublinhamos nossas maneiras.
Você foi o meu acaso verdadeiro,
Sem qualquer forma de protocolo,
Recebi o seu olhar por inteiro,
Você me recebeu num imaginário colo.
Vi no seu sorriso um encanto,
no seu olhar um infinito mundo,
Vi no seu falar um canto,
Doce voz do amor, querer profundo.
E assim, passaram-se os dias,
Longe de mim, você existe,
Há um querer moldado em poesias,
Que o meu coração, insiste.
Ai Eu lhe digo que hoje a amo,
Você me diz que para sempre o seu amor será,
Meu coração se agiganta e eu a chamo,
- Vem, o meu amor por você, nunca se acabará.
Desejo-lhe noite e dia...
como quem deseja sempre sonhar,
Por enquanto lhe confesso em poesia,
E um dia, aos seus ouvidos vou falar.
Ah! Musa que encanta meus desejos,
Que faz-me vivo do amanhecer ao entardecer,
E nas noites quentes e frias, lampejos,
Luzes dos olhares do seu bem querer.
E aqui, nos meus anoiteceres solitários,
Onde a espero no limiar de cada dia,
Riscando os dias dos calendários,
E lhe desenhando na minha poesia.
Por fim, meu olhar se perde neste seu semblante,
onde tenho a foto como companheira,
Imaginando, sonhando, poetando como amante,
De um amor sublime em todas as maneiras.