Doce
Dor, se sentia, e era daquelas que feria a alma, mas o cômico e que olhando para trás
tudo parecia tão doce.
Mas o passado. Ôh! o passado, nós visita
no presente com uma presença tão quista
quase nos esquecemos das inúmeras
vezes que tentamos arrancar a unha
o coração dolorido dentro do peito.
Mas agora é tudo tão límpido, feito brancas
nuvens, fica no tempo o margô, e as lembranças adocicadas pelas lembranças prazerosa
neutralizando o que foi dor.
Fica a impressão de que a dor
quando submetida ao remédio tempo
passa, dor.
E mal me lembro do quanto me iludir.
C.A.Martins