O REGATO DO POETA

Nessa grota, entre as árvores de taiúva,
e muito certo que pela falta da chuva,
aquela bela mina,aos poucos secava.
Um fiozinho de água,vinha da nascente
mal formava uma sem força corrente,
secando o regato, que ao lado passava.

Fugiram as traíras,foi embora  o mandí,
agora não posso pescar, nem lambarí,
sem o barulho da cachoeira que chorava.
Aqui já a tanto tempo que não chove mais,
foram embora todos os bonitos animais,
saudade da capivara, que aqui pastava.

Ainda bem que está chegando o verão,
hoje ouví muito longe o ruído do trovão,
ninguém pode calcular a minha alegria.
Se chover vai encher o pequeno regato,
voltará a levar de novo aqui desse mato,
para o mar, os versos da minha poesia.



 
GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 18/09/2019
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