Minha casa

A construção começará,

Uma casa mista vou edificar.

Dona Ester quer toda de alvenaria,

Mas resolvi dar um tempo pra turma da olaria.

Vou fazer casa forte duplada e pintada,

Pra proteger a Patroa do vento forte e da cupinzada.

O telhado tem que ser forte e anguloso,

Embora simples também será garboso.

Com cumeeira bem fechada,

Pra não entrar a murcegada.

A fundação é só de pedra ,

Um lastro largo bem cavado,

Onde foi assentada a pedra mestra.

A casa será de dois pisos,

Onde em baixo moram ativos,

Meus pais que estão aflitos,

Pelo barulho das marteladas,

das madeiras sendo serradas,

Sem falar na poeirada.

Mas é só por algum tempo,

Logo terminaremos.

Essa obra que por hora só existe em pensamentos.

Vou fazer sala espaçosa conjugada

Com a cozinha,

Pra sentir o cheiro do pão e café com bananinha.

Quero olhar dona Ester, enquanto ela cozinha.

Na sala quero sofá comprido

Largo e espaçoso,

Pra me deitar e dormir quando estiver preguiçoso.

Vou fazer muitos convites serão muitos achegados,

Conversar de bem com a vida e os casos engraçados.

A janela frontal será larga com vão de três metros,

Vamos ali bater muitas fotos, no futuro até com netos.

A porta será grande pra entrar bastante gente,

Mas também passar o vento pro lugar não ficar quente.

Essa casa ficará de pé, vou confiar se Deus quiser.

Vou fazer dela um recanto, não de choro nem de pranto.

Um recanto de sorrisos e de abraços,

Um lugar para os amigos reatarem os seus laços.

Que bom que vai ser nessa casa poder morar,

Seja bem vindo a minha casa a porta aberta vai estar.

Autor : Gabriel de Brida

Data:24/5/2019.