E DE TUDO QUE HÁ
E de tudo que há no fundo
Tem-se o distante e o profundo,
O submerso e o difuso,
O propenso e o confuso
E de tudo que há no mundo
Tem-se o completo e o desnudo,
O transverso e o impuro,
O complexo e o prematuro
E de tudo que há no universo
Tem-se o curvo e o plano,
Tem-se o convexo e o côncavo,
O multidimensional, o quântico
E de tudo que há no verso
Tem-se o amor e o desengano,
Tem-se a poesia e o seu encanto,
Encontra-se a magia e o seu engano
Há uma gota de afago no meio do oceano.
Éryka Patrícia Ramos Pereira (Caruaru/PE)