Minha filha, Amor da Minha Vida!



sou apenas a montanha
que te sustenta
pedaço de relva
nesguinha de sol
se o temporal vier
tão só ficarei
cuidando de ti
como fiz nesse dia
treze de abril
que o tempo
generosamente
multiplica

minha doce menina
meu céu
meu tesouro
meu mundozinho
ar que respiro
lagrima bendita
lavando o meu rosto
desde o instante primeiro

eternidade és tu!

sereno entardecer te dou
para que repouses
e no meu peito
a cabeça reclines

para que a tua alma
encontre a minha
eterno bálsamo
deste infinito amor!


Tua mãe, agradecendo a Deus e à Vida a tua existência,
Maria Petronilho
13, Abril, 2019

Nota breve:

Às dez horas e vinte minutos de dia 13 de abril de 1977 nasceu, no Hospital Particular de Lisboa, Ana Margarida, com três quilos e quatrocentas e trinta gramas.
Chamei-lhe Ana... Porque nos livros de aventuras que eu lia em pequena, Ana era a personagem feminina que representava o bom senso e a perseverança.
Chamei-lhe Margarida, por ser a minha flor preferida: Margaridas inundavam os campos naquela auspiciosa primavera, em que a liberdade renascia (de um cravo no cano das espingardas) e nos era dado o direito de confiar e escolher.
Só tinha havido no tempo outra primavera tão linda: se quiseres, lê:
...De ver Poesia.