NOSSOS APOCALIPSES
Corações de tão solitários
Afastam-se do meio mundano,
Promovem passo a passo outro plano.
Cantar de alma imita canário
Corações de tão solitários
Elegem plantas e também objetos
Percorrem todo passo em projetos
Cantar do olhar feitio hilário
Há um tempo em templos,
Houve a Shirley Temple.
Sabe-me definitivo
Tão abrangente infinitivo.
Há celas nas células,
Em mim, nas libélulas,
Sob o solo do Sol,
Arredor, arrebol !
Dias perfazem o direito,
São dias quase perfeitos,
Nossos apocalipses
Revelam-se eclipses.