NOSSOS APOCALIPSES

Corações de tão solitários

Afastam-se do meio mundano,

Promovem passo a passo outro plano.

Cantar de alma imita canário

Corações de tão solitários

Elegem plantas e também objetos

Percorrem todo passo em projetos

Cantar do olhar feitio hilário

Há um tempo em templos,

Houve a Shirley Temple.

Sabe-me definitivo

Tão abrangente infinitivo.

Há celas nas células,

Em mim, nas libélulas,

Sob o solo do Sol,

Arredor, arrebol !

Dias perfazem o direito,

São dias quase perfeitos,

Nossos apocalipses

Revelam-se eclipses.

Camilo Jose de Lima Cabral
Enviado por Camilo Jose de Lima Cabral em 31/03/2019
Código do texto: T6612131
Classificação de conteúdo: seguro