DOCE PAZ!

A intranqüilidade oferecia dissabores contumazes,

Fazendo-me fraco frente ao iminente perigo.

A aflição decretava que tudo seria um véu negro,

Impossível de ser amenizado ou revertido.

Meu mundo encardido tornou-se escuro.

Todos meus planos mergulhados no fracasso.

Diluíram-se todos os belos e almejados sonhos,

Foram-se os amores comprados e os falsos amigos.

Senti-me completamente batido e desnorteado.

Quando as dificuldades avolumaram-se assustadoramente

E meu mundo, de tão atormentado, se tornou treva;

Fui agraciado por uma luz que me guiou divinamente

E vi-me tomado por um animo revelador que me elevou,

Edificando minha vitória e culminando na paz!

Finalmente a doce e bela paz se fazem presente,

transmutando-me do suplício para um tempo de luz.

Bem-vindo raio de amor que ora chega para sorrir-me,

Neste riso mágico e acalentador que enxuga a lágrima;

Orientando-me ao topo da sensibilidade necessária,

Capaz de contemplar maravilhado, o levitar de uma pétala

Que desliza garbosamente sobre o azul do mar para descansar.

Caçôo do tempo em que não conhecia o meu interior

E a incrível capacidade da vitória que a nós é sempre concebida

E quase sempre nos esquecemos de agarrá-la com veemência.

Até que enfim alcancei a plenitude do bem estar.

Hoje, a tristeza, ao me ver felicitado, cala sem assunto.

Esqueci-me dos pecados e ignorei a maldade para sempre.

Um passaro negro tossiu. Seria um duvidoso presságio,

Ou um simples agonizar de uma ave desprovida de saúde?

=RESPEITE OS DIREITOS AUTORAIS=

"Escrevo o que sinto, mas não vivo o que escrevo"

Paulo Izael
Enviado por Paulo Izael em 01/11/2005
Reeditado em 08/11/2005
Código do texto: T66090