A BRISA
Ao pisar a areia fina da praia,
Uma brisa me passava pelo rosto,
Dava-me as suas boas vindas,
Gostar de mim achava ser suposto.
Essa brisa nunca me deixou,
Ela aparecia para me acariciar,
Brisa que nunca se queixou,
E se me entregou por me amar.
Nunca mais recebi uma brisa
Que me tratasse assim tão bem,
Hoje as brisas nem missiva
Me fazem chegar, elas a retêm.
Brisa fresca no meu rosto,
Refresca a minha vida, sem preço,
É como o vinho que vem do mosto,
Pela qual eu tenho apreço.
As brisas traziam mensagens
Das ninfas daquela imensa praia,
Onde se vestiam de roupagens,
Que as enfeitavam com linda saia.
Brisas como da minha terra,
Não encontro em parte nenhuma,
Eram como a tenra erva,
Que crescia fofa tal sumaúma.
Ruy Serrano - 04.03.2019