FALSOS AMORES

Sócrates Di Lima

Pergunto-me sobre você?

Exclamo! onde, cadê!

vejo que não tem nenhum por que?

Perguntar ou exclamar, o quê!

Histórias de tudo que eu vivi?

Saudades e dores que aprendi!

Fatos do passado que nunca esqueci

que passa como atos que não vi.

E nesse tempo de tempos tantos,

Você me parece um fantasma,

Amores lavados em tantos prantos,

Que limparam de certo, minha triste alma!

Nos meus silenciosos noturnos,

Em sonhos que nunca acordei,

Alguns amores diurnos,

Vivendo olhares que apaixonei.

E quantos amores eu vivi?

nas loucuras de minha alma nua,

Não sei, já esqueci,

Por causa de palavras que se acham na sua!

Por valores perdidos nas mentes,

Que acham que tudo depois é falso,

Acham que tem palavras potentes,

e transformam um sentimento em caso.

Não sei se amei de verdade,

Alguma das mulheres da minha vida,

Interrogação, exclamação, inverdade,

fazem paixões esquecidas.

Mesmo sendo um eterno amante,

Intenso por conta da reciprocidade,

Tem horas que tudo não passa de algo interessante,

Que se viveu em algum lugar da idade!

Alma e corpo vazio...

de sentimentos tantos desejados,

Paixões que nascem num cio,

E morrem em corpos agonizantes, sem terem amados.

E o que ficam nas sombras

Senão sequelas e dores,

Das saudades falsas e sobras,

De tantos falsos amores!

Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 09/02/2019
Reeditado em 09/02/2019
Código do texto: T6571178
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