O Menino de Chapéu
O menino de chapéu, em toda manhã, vai admirar
o sol que nasce como a felicidade a acompanhar
a casa da adversidade em que ele deve entrar
mesmo que ela vá a sanidade dele ameaçar.
O menino observa de longe o sol e suas dores
sentado num barril repleto de flores
como a felicidade que sempre pode ser encontrada
se lembrarmos de observar o Sol atrás da nossa casa.
O menino de chapéu está pensativo:
O que é a Dona felicidade? Qual é o seu sentido?
Como uma emoção temporária, agora ela vai e vem?
E quando o espírito evoluir, um dia só vem?
A casa da dificuldade
torna impossível ver o sol na realidade?
Somos escravos do sofrimento,
pois o mundo endurece os bons sentimentos?
Somos completamente vulneráveis a dor?
Se sim, seria impossível ser feliz e sentir o puro amor...
Afinal, a casa da adversidade nos deixa em lamento
e/ou nós lamentamos pela casa da adversidade?
O menino de chapéu busca o equilíbrio
para viver seu caminho:
sente, no seu tempo, a dor do mundo
e depois busca ser agente do seu futuro.
Você pode ver diferente sua realidade
Por mais difícil que seja.
Cada ser livre pode ser feliz
Se se aproximar de Deus almeja.
O caminho é procurar ser feliz com a simplicidade
Agradecendo e reconhecendo
Que a casa da adversidade
Tem uma importância na espiritualidade.
Que nós toleremos a dor
Para vivermos plenamente o amor!
Que nós elaboremos o sofrimento
Para purificarmos nosso espírito em lamento!
O menino de chapéu
Admira o sol no céu
Mesmo com a casa da adversidade ao seu lado,
Pois ela não é capaz de deixá-lo totalmente vulnerável.
Aprendizados
São internalizados
Graças ao sol que pode suavizar qualquer dor
Quando escolhemos nos fortalecer no amor.
A felicidade depende da interpretação
De cada um a uma mesma situação.
Temos liberdade para escolher
a forma de enfrentar o que pode ocorrer.
O menino de chapéu pode ver a casa da adversidade
Com ou sem o sol em sua face,
Pois sendo a felicidade simbólica,
é possível de longe olhar diferente uma mesma história.
Referência: Poesia inspirada na pintura de Andres Orpinas.
Poemas narrativos nesse estilo:
- A Menina de Maria-Chiquinha (Categoria Saudade)
- A Menina e o Esquilo (Categoria Solidão)
- O Menino de Chapéu (Categoria Alegria)
- O Menino Marcado (Categoria Perdão)