SIGO COMO RIO
Sigo e prossigo em rio,
Sei de coisas nas margens,
A luz deturpa as imagens,
Não sumo em estios ...
Corro como rio, meu bem,
Superada a era nascente,
Amamentado por afluentes,
Não preciso de mais ninguém.
Prossigo rio, consigo
Correnteza tranquila
Até chegada cachoeira,
Quando dou-me com perigo.
A queda cala minha voz.
Era um rio, passava ...
Eis que agora tudo acaba:
Atingi, enfim, a foz ...
DEDICO A TODOS QUE, BEM OU MAL, VENCEM A TRAVESSIA.