SIGO COMO RIO

Sigo e prossigo em rio,

Sei de coisas nas margens,

A luz deturpa as imagens,

Não sumo em estios ...

Corro como rio, meu bem,

Superada a era nascente,

Amamentado por afluentes,

Não preciso de mais ninguém.

Prossigo rio, consigo

Correnteza tranquila

Até chegada cachoeira,

Quando dou-me com perigo.

A queda cala minha voz.

Era um rio, passava ...

Eis que agora tudo acaba:

Atingi, enfim, a foz ...

DEDICO A TODOS QUE, BEM OU MAL, VENCEM A TRAVESSIA.

Camilo Jose de Lima Cabral
Enviado por Camilo Jose de Lima Cabral em 18/11/2018
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