As mensagens que nos abraçam.
Assim sentimos lágrimas, ânsias e alegrias mais perto de nós. Um mundo inteiro que nos inunda. Mensagens em papel, escritas por mãos que são ausências. Chegam de vários modos. Chegam de vários mundos, lugares esquecidos, mundos perdidos.
Há coisas que nos são entregues por gente que se torna invisível na hora da entrega. Há papéis que passaram por tantas mãos que se acaba por perder qualquer sinal do remetente. Há garrafas que atravessam mares com uma mensagem dentro. Notícias do nunca acontecido.
Estou a falar de um tempo em que a caligrafia, o papel e a força do aparo falavam. Uma lágrima que arrastava uma palavra. A mão trémula que complicava a escrita. A emoção.
Vou esperar pela próxima mensagem.
EA-2018/145 Jorge C Ferreira