DONNA
(Sócrates Di Lima)
Esse teu olhar que de longe vem,
Traz um semblante deveras dardejante,
Como uma ave perdida que atravessa uma nuvem,
deixa um ar de sensualidade de uma amante.
Donna, essse teu sorriso largo,
que embeleza o seu olhar,
É como o Girassol que trago,
no coraçao que tenho a lhe ofertar.
Donna, nas asas que o vento traz,
Uma brisa perfumada numa fragrância nua,
É como uma tarde perene que faz,
A paz se manifestar na imagem sua.
Donna, que encanto no canto do seu olhar,
Que encanto no esboço do seu sorriso,
Que mais parece a calmaria do mar,
Entre as flores do meu virtual paraiso.
Donna, o seu corpo esguio caminha,
pela estrada dos meus sentimentos,
Atalhos, retalhos pintados por uma avezinha,
Numa lela que mostra a você os meus pensamentos.
Donna, que vem vez outra aqui me ver,
Olhar, sondar e versar os seus pensamentos,
E eu, tolo amante do prazer em ter,
a sua companhia distante nos pensamentos.
Donna, o Eu que ingenuamente lhe entreguei,
Como quem se apaixona pelo invisível, não sei!
Talvez, numa paixão platônica que no Eu despertei,
Parei o meu mundo, sentei na minha calçada e a esperei!
.......e você não veio.
e nem lhe toquei, profundo!
E assim, marinheiro, fiz me em devaneio,
E na poesia lhe trouxe para o meu virtual mundo.