CANÇÃO DO PRAZER DE VIVER
Hoje o peito arpeja
Trinados de rouxinol
E o tradutor traduz
Em cantar sabiá laranjeira.
Minh'alma soluça e almeja,
Sob a Lua ou Sol a Sol,
Àquilo que agora a seduz,
Recantos com cachoeiras.
Não busco paz de gelo ou neve,
O encontro há de ser tropical;
Quente, mas soprado por brisa leve
Afeita a dar-me sopro ao castiçal.
Tantos sóis, chuvas e ventos
Ao longo desse meu viver apenas,
Sei de cada entorpecimento,
Traz à memória açucenas.´
Dedico ao meu irmão caçula Gerson Dimas de Lima Cabral.