Dentro do poema

O atemporal existe em meus versos.

Em cada um deles eu confesso,

há algo para ser lido, além de amado.

Rumo na direção do horizonte

porque eterno são meus passos,

viva, é minha voz,

lúcido, meu passado.

O que há?

Há um tempo diferente dentro da alma

que nada me atrapalha, também confesso,

quando versejo.

Passam por mim as palavras do mundo

e minhas mãos sorrindo, desenham tudo

o que preciso para sobreviver.

Sem a poesia seria um homem sem asas

e sem alma...

e ainda que morresse não haveria vivido...

porque tudo lido é meu grande livro de abraços.

O poema é a casa onde me habito

e a água cheia de minha mais lúcida sede,

meus amores meus prazeres...

tudo!