Corpo a corpo
Gosto de abraços apertados
Que quebram as costelas
E curam a alma
Os corpos quase ocupando o mesmo espaço
Gosto de abraços que sugam para si a dor
Transformando em ondas de amor
Com as mãos tateando as costas
E os corações colados cheios de vida
Gosto de abraços demorados
Trocando o calor dos corpos
Fazendo o coração palpitar
E a garganta entalar
Gosto de abraços ofegantes
Que não acabam apressadamente
Cheios de desejo
Em que me afogo
Gosto de abraços
Que desfazem nós
E fazem laços