FERNANDA
(Sócrates Di Lima)
Fernanda, há no seu sorriso um encanto,
uma alegre e reluzente poesia,
Nos seus olhos um acalanto,
Olhar definido em fantasia.
Fernanda, há no seu jeito,
um jeito de mulher especial
Uma covinha num rosto perfeito,
Algo assim, do tipo sem igual.
Fernanda, há no seu semblante uma beleza,
Um doce e sutil bem querer,
Uma pintura á mão com sutileza,
Que Deus desenhou com prazer.
Ah! Fernanda, o seu falar macio e suave,
Mas, com um poder extremo de persuasão,
Uma firmeza de caráter sem entrave,
Que vai além da razão.
Forte e firme, focada no seu objetivo,
Não importa a quem se dirige,
Mulher decidida de cunho positivo,
Nada a intimida e nem a aflige.
E foi este o meu convencimento,
sobre aquela irreverente e bela mulher,
Que por certo vasculhou meu sentimento,
No seu jeito de ser e o que fizer.
Ah! que a vida nos prega uma peça,
Nos seus acasos propositais,
Um querer unilateral que minh'alma confessa,
Como os ventos que transpassam meus vitrais.
Fiz-me um Dom Quixote,
Um querer platônico e sem fim,
Por certo, sem muita sorte,
Há alguem que chegou antes de mim.
Mas, por fim,
Um sonho, uma paixão de primeira vista,
Não deveria ser assim,
Mas, a vida tem dessas coisas, imprevista.
E assim, bela menina,
O que mais posso lhe dizer agora,
Senão a alegria deste semblante que me fascina,
Que faz-me pedir lhe Fernanda, para não ir embora!