A encantação pelo riso
Não gosto muito de ler poesia, de maneira geral pouquíssima poesia meus olhos quiseram ler, salvo algumas fesceninas que também são muito engraçadas, duma Antologia Pornográfica, mas eu não aprecio as sentimentais.
Aí chegam os russos escrevendo perfeitamente sobre tudo o que seja concernente à humanidade; a poesia de Velimir Khlébnbikovi transcrita abaixo tocou-me. O autor (eis a minha suposição) ainda muito jovem escreveu-a após inspirar-se numa cena em que encontrava-se rodeado de amigos, embevecido pela juventude verdejante, provavelmente depois de beber vodca e dançar a Khorovod com alguma dama atraente, alva, elegante, com belos joelhos...
“Ride, ridentes!
Derride, derridentes!
Risonhai aos risos, rimente risandai!
Derride sorrimente!
Risos sobrerrisos – risadas de sorrideiros risores!
Hílare, esrir, risos de sorrideiros riseiros!
Sorrisonhos, risonhos,
Sorride, ridiculai, risando, risantes,
Hilariando, risando,
Ride, ridentes!
Derride derridentes!”