VI
(Sócrates Di Lima)
Vi,
Pelas frestas da janela,
Percebi,
que o luar não era dela.
Olhei novamente,
nesta janela entreaberta,
Um céu chorante,
Numa miragem encoberta.
Mas no meu pensamento,
Uma imagem presente,
Em meio a noite em tormento,
Chuvas de lágrimas corrente.
Era a saudade batendo,
causando devaneios...
divagações mantendo,
a tortura sem freios.
E por traz dessa saudade,
O pavor da solidão de amor,
Como um ato de insanidade,
Causando em mim, intenso temor.
Mas em meio a pensamentos loucos,
Minh'alma foi sossegando,
Com a chuva indo embora aos poucos,
A brisa meu rosto acariciando.
Então, com a janela escancarada,
A noite tomou forma de uma Lua oculta,
Acenou que a madrugada,
Seria então, de uma saudade enxuta.