UMA CASA DE SAPÊ

Era uma simples casinha

Em que o material usado era o sapê

E quem lá pousasse os pés no chão

Sentia o coração pulsar de emoção

Haviam cobertores

Todos muito finos

Onde pulgas faziam morada

Não se lastimava – era feliz!

Na porta ao lado dormia Felicidade

Que tinha na pele

O cheiro de alfazema

Pela casa inteira o cheiro de café fresco

Ela mastigava algo

Numa boca risonha desdentada

Por isto tinha um sorriso frouxo

O seu mundo era ali

Foi ali que construiu sonhos para a vida inteira

E quando deixou de ser menino meninou-se

Para voltar a morar dentro daquela casinha

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14.10.17

MÁRIO FEIJÓ
Enviado por MÁRIO FEIJÓ em 14/10/2017
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