Propensão ao Imaginativo
A porta da minha casa imaginava o meu destino
A tua lembrança sempre abraçava-me, ela ia comigo
Eu ficava esgueirando por entre as casas para te encontrar
Ó. lembranças de um continente sem mar!
Eu saia à tua procura toda manhã
Eu buscava uma única vida sã.
Eu via mortos por todos os lados
Mortos-vivos, eles vagavam; à morte estavam fadados.
Eu via vivos por todos os cantos
Beirava a lucidez que reagia aos teu encantos
Consegui-te por aclamação dos meus prantos
Ó. Os meus choros eram tantos!
E você ia passando à minha direita
Você aparentava estar apressada.
Parei, olhei-te pela espreita
Fiquei parado, conseguia fazer nada.
Eu finalmente consegui te encontrar
Agora, com tantos desafios, descobri o teu lugar.
Fiquei desesperado quando quase de perdi
Ó. Ache-te vida, quero-te perto de mim.
Vivo agora vagando como um verdadeiro vivo
Guiado pela sua suprema altivez incompreendida
Apagado do fogo pelo teu sopro amigo
Ó. Nesse momento eu vivo, ó Vida.
Eu passei ao seu lado, você não me forçou por querer
Teu brilho resplandeceu e ofuscou o meu ser.
Senti-me coagido por tua imensidão
Com toda essa luz eu cai e agora você me pega pela mão
Tu me levantaste do pó que sujava a minha alma
Eu via seu poder, mas ele não me incomodava.
Tu estendeste a tua mão em minha direção
Naquele momento eu senti o amor na palma da minha mão
Senti-me coagido pela intensidade do teu amor
Tu me ajudaste a curar essa eterna dor.
Sem possibilidade de rompimento fico sem ação.
Tua infinita força me prende ao teu coração.