VIVENDO DE POESIA
Vou vivendo de poesia, fazer versos consola.
Semeando alegria, cada rima, uma mola.
Trocando boa energia, como a linha desenrola.
A tristeza distancia, chuto para longe a bola.
Vou rimando a poesia, nada minha fé abala.
O vento me acaricia, balança a cortina da sala.
Novo dia principia, vou arrumar minha mala.
Ouvindo o mar que bramia, enquanto o poema fala.
Vou inspirando a poesia, que brota da minha mente.
Com a alma em extasia, sua presença presente.
Mando embora a nostalgia, sentimento diferente.
Coração que se alivia, canta contralto contente.
Vou soprando a poesia, é madrugada lá fora.
Lua alta em magia, rompe a escuridão, senhora.
Um frêmito me arrepia, sei que é chegada a hora.
A noite sem covardia, prepara-se para ir embora.
Vou deixando a poesia, para apreciar o sol.
O anjo na fé confia, de Deus recebo o farol.
A bênção veio da pia, co’a forma daquele atol.
Sigo firme em romaria, sou peixe em Divino Anzol.
Regina Madeira – 20:11 h
17/07/2017