ENTRELINHAS
Entrelinhas
Leia nas entrelinhas
O poema silencioso
O abraço mais amigo,
A verdade mais secreta
Do meu peito sem abrigo
Pela saudade deserta.
Tantas estrelas cadentes
Do céu desabam perdidas
Na antiga noite esquecida,
Entre a memória e o passado.
Resta o murmúrio profundo,
Cúmplice de algum pecado.
É como olhar as montanhas
E sentir a velha ousadia
De querer romper o dia,
Em aconchego e calor.
E na noite escura e vazia
Colher a singela flor.