ENTRELINHAS

Entrelinhas

Leia nas entrelinhas

O poema silencioso

O abraço mais amigo,

A verdade mais secreta

Do meu peito sem abrigo

Pela saudade deserta.

Tantas estrelas cadentes

Do céu desabam perdidas

Na antiga noite esquecida,

Entre a memória e o passado.

Resta o murmúrio profundo,

Cúmplice de algum pecado.

É como olhar as montanhas

E sentir a velha ousadia

De querer romper o dia,

Em aconchego e calor.

E na noite escura e vazia

Colher a singela flor.

Marilia Abduani
Enviado por Marilia Abduani em 28/02/2017
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